22 de mai. de 2010

Os homens vivem de sonhos... São eles que nos permitem continuar lutando, são eles que – indiretamente ou não – nos impulsionam em nossas diversas escolhas, muitas delas, impulsivas.



Ninguém foge desta sina.


É inerente.


Irrelevante.


Arrisco-me a dizer, inconstante.


E é nessa inconstância que nos apoiamos.


Por mais que procuremos bases sólidas e façamos planos estáveis, será sempre no “se”, no “talvez” que daremos início aos nossos anseios que para muitos são apenas ilusão.


Durante toda nossa vida procuramos um modo que realizarmos nossos sonhos.


Somos precoces, ansiosos, explosivos...


Queremos burlar todas as regras para alcançarmo-los.


É nessa vontade, que ultrapassa os limites, que muitas vezes tomamos caminhos avessos aos nossos desejos.


Mas daí eu penso... Serão mesmo caminhos avessos?!


Como dizem os sábios populares: “Todos os caminhos levam à Roma.”


Quando achar que o caminho que está trilhando é avesso, termine de atravessá-lo...Não o deixe pela metade, pois lições não são ensinadas pela metade e você não crescerá metades.


Talvez, ao chegar o fim do caminho, você precisará voltar ao ponto de partida... Talvez não, às vezes um novo caminho surge. Mas tenha em mente que nada foi ou será em vão.


Não desista.


Abra mãos de.


Troque o incerto pelo exato, ou continue seguindo o inexato (um dia ele encontrará sua certeza).


Confie em você.

Faça a louka!

                                                                                                         Be happy! =) smilee



                                   Adoooroooo!



Lukas Paula

20 de mai. de 2010

Velhos sunglasses sobre a estante empoeirada
Olham atentos o vai e vem dos negros gatos que rondam o salão
Uivos
Encantos
Borbulhas
E sunglasses vigiando a escuridão

Ponho-os no rosto para tentar disfarçar a solidão
Caras
Bocas
Olhos atentos na imensidão

Não quero enxergar os que estão por aí
Não quero que vejam quem está aqui

Sunglasses
Anonimato em degradê
Lentes escuras
Aros metálicos
Resinas
Blasé


...prefiro chamá-los, moonglasses!


 
Lukas Paula

18 de mai. de 2010

crises metalinguísicas...

entrei em crise criativa
não sei por onde começar
palavras não saem de minha boca
o vazio faz-se ecoar
esqueço dos parágrafos e das maiúsculas iniciais
desapego-me de ortografias desnecessárias
para escrever, pelo menos, tentar
só penso em reticências
uma vontade de apagar
o backspace estala sob meus dedos
até o branco do papel saturar
tudo é contrário, avesso, inatural
tudo é estranho, esporádico, opcional
me perco na dissertação
esqueço da conclusão
tudo é vago, vazio, vão








                                        e as palavras faltam
...........


Só me resta o ponto final
o fim de uma frase
talvez de um ideal
as reticências voltam a me atormentar...

   "Musas, onde estão vocês?!"

Minha inspiração cessou.... é a sua vez!


                                                                    Lukas Paula

14 de mai. de 2010

Figura de linguagem: SÃO PAULO

Hipérbole
- “é a figura de linguagem que incide quando há demasia propositada num conceito expressa, de modo a definir de forma dramática aquilo que se ambiciona vocabular, transmitindo uma idéia aumentada do autêntico.”



De todas elas São Paulo parece-me ser a maior.

Transborda rios de asfalto... Ergue-se sublime em montanhas de aço e concreto.

Sinfonias automobilísticas tocam 24 horas, dia a dia.

Não dorme! NUNCA!

Parcimônia?! Como existir tal conceito quando até os limites foram engolidos pelas conurbações?!?

Excessos. Tudo é enfatizado.

Sentimentos e idéias são levados a suas máximas potências.

Overdoses visuais, olfativas, táteis, gustativas, auditivas, energéticas.

Todos sentidos são testados e tentados.

De tudo para todos!

De todos para outros demais todos...

E o que você vai fazer?

Resistir?



O ritmo é forte demais...e a ressonância pende para o maior!



Viva essa hipérbole!



                                                                                        Lukas Paula