20 de ago. de 2010

''Portobello

O que se entende por amor?
Não se entende...
Somos humanos demais para compreender um sentimento tão Divino.

Não se possui o amor, não controla-se...
Apenas ama.

Não sou teu...e tu não és meu.
Amo-te, e isso basta.

Amo-te, e tento aceitar que não posso te ter.
Amo-te em silêncio, em quietude, em plenitude...

O verdadeiro amor é  platônico...
Você ama e só...

Mesmo não possuindo, mesmo não estando lá...ama-se!
Isso é amor.


O que é enfim o amor?


                                          AMAR É!

)O(

Hoje fui ao encontro de mim mesmo
Hoje atravessei portais que por muitos séculos se fecharam para os filhos Dela
Portais que julgaram meus irmãos e irmãs, que os condenaram em fogo, água e suplício...
Mas hoje lutei contra todos os medos e cruzei-os...E lá dentro encontrei a imagem Dela
Revestida em um alvo manto e carregando no peito três singelas rosas:
Uma tão alva com o manto...
Outra rubra como seu coração...
E a última tão dourada quanto a aurora dos dias...
 Lá, dentro de um santuário erguido para calar Sua voz, Ela se fez presente
 Lá, olhando em Teus olhos enxerguei Tua história...


"- Tua voz nunca será calada, teus desígnos nunca serão esquecidos. Teu nome mudou, mas Tua face permanece a mesma e, enquanto formos vivos, continuaremos ouvindo Teu chamado e Tua voz em nossos corações. Serás sempre Eterna, pois Tu é a Criadora de Tudo e de Todos e Tua fé nunca irá se abalar! Deusa, Mãe, Senhora de Nossa Vida, sê bem vinda novamente ao Teu mundo. Não estás sozinha, assim como não estamos! Blessed be"

13 de ago. de 2010

At last

Todas sua mentiras me fizeram desacreditar na verdade de outrora...
Era uma época diferente... Seus olhos brilhavam quando eu estava por perto, seu sorriso era sincero.
Lembro daquela tarde de inverno quando você me viu ao longo daquela estrada coberta por uma fina camada de neve... Você me fitou ao longe e de lá estendeu aquele doce sorriso...tão doce, tão puro...me confundia com a neve ao redor.
Estendeu seus braços enquanto eu corria para alcançá-los...Todo o frio disspou-se no exato instante que toquei seus lábios...
Fomos até aquele vilareijo que beirava o lado congelado. Sentamos num velho banco de madeira que os mais antigos diziam ter disso esculpido por querubins...
Queria eu que fosse tudo verdade...foi lá que a mesma deixou de existir.
Momentos após seu sorriso o brilho dos olhos deixou também de existir...
Não foi possível segurar as lágrimas...Não foi possível restaurar meu coração...
Percebi que tudo havia sido ensaiado... O fim já havia sido escrito por suas mãos...
Naquele velho banco de madeira eu deixei de acreditar em querubins...
Desde então, vivo por todos esses séculos buscando o brilho que perdeu-se de ti...
O brilho que outrora fora-me tão importante, tão excitante, tão...



                                    ...errante


Lukas Paula

11 de ago. de 2010

last breathe...

Meu último suspiro não significou o fim...
Era apenas um novo começo.
Do outro lado do véu que nos separa pude contemplar as maravilhas que durante muitas eras os sábios tentaram ocultar daqueles fora dos círculos...
Os Antigos Mistérios. tão antigos e tão misteriosos...
Meu último suspiro não foi de dor.
Foi de êxtase absoluto...
Apoteótico.
Conheci os emblemas, as insígnias, os símbolos.
Conheci Vesta, Cérbero, Pan
Vi Dionísio regozijando-se em uvas doces e alcóolicas...
Eu soube que meu último suspiro não havia sido meu fim...
Numa primeira instância deparei-me com devaneios:
Uma mar, uma montanha, duas nuvens, quatro sóis.
Uma lua, uma figura, dois faróis...
Faróis...lembro-me deles com se fosse antes de fechar meus olhos pare a eternidade...
Era Alexandria, e eu era Thoth..era Rá, Amon Rá
Era você
Era outrem
Um trem
Ele também tinha faróis...
Sim, ele entremeava gélidas paisagens londrinas...
Uma parada na estação...
Coração...
Nunca tinha ouvido-o antes...
Era rítmico...
Tum
Tum tum
Tum
Tum tum
Eram todos em apenas um
Um em um todo
Eu comtemplava o topo de ouro...
O cume dourado... E via letras, palavras...uma oração
Epifania! Plenitude! Agora tudo fazia sentido.
Não doeu...
Não era o fim...
Li aquela sutil oração.
Meu último suspiro, não tinha sido vão!

Lukas Paula