13 de ago. de 2010

At last

Todas sua mentiras me fizeram desacreditar na verdade de outrora...
Era uma época diferente... Seus olhos brilhavam quando eu estava por perto, seu sorriso era sincero.
Lembro daquela tarde de inverno quando você me viu ao longo daquela estrada coberta por uma fina camada de neve... Você me fitou ao longe e de lá estendeu aquele doce sorriso...tão doce, tão puro...me confundia com a neve ao redor.
Estendeu seus braços enquanto eu corria para alcançá-los...Todo o frio disspou-se no exato instante que toquei seus lábios...
Fomos até aquele vilareijo que beirava o lado congelado. Sentamos num velho banco de madeira que os mais antigos diziam ter disso esculpido por querubins...
Queria eu que fosse tudo verdade...foi lá que a mesma deixou de existir.
Momentos após seu sorriso o brilho dos olhos deixou também de existir...
Não foi possível segurar as lágrimas...Não foi possível restaurar meu coração...
Percebi que tudo havia sido ensaiado... O fim já havia sido escrito por suas mãos...
Naquele velho banco de madeira eu deixei de acreditar em querubins...
Desde então, vivo por todos esses séculos buscando o brilho que perdeu-se de ti...
O brilho que outrora fora-me tão importante, tão excitante, tão...



                                    ...errante


Lukas Paula

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