27 de jan. de 2011

E por um instante permitir-me-ei livrar-me de todas as diagramações, rimas e estéticas para apreciar uma literatura rústica, bruta, não lapidada.
Pois o que escrevo está além mesmo da minha concepção.
É uma escrita automática na qual quem escreve não é minha mente, mais minha alma que explode em palavras carregas de sentimento, de emoção... Tais que apenas outras almas tão sensíveis quanto poderão enxergar, mas, acima de tudo, sentir.
Pois o que expresso pelas palavras diz respeito tão a mim quanto a você.
Pontos finais, reticências, interrogações e exclamações são apenas ferramentas gráficas de demonstrar expressões repreendias e incontidas dentro de um alter/superego.
Ai de Freud se tentar enconstar em mim no seu além úmulo para tentar - pelo menos tentar - entender minhas contradições.
Contradições que hoje eu sei de onde veêm.
De uma melancolia que carrego acerca de minh'alma.
Uma constanste briga do ego com o alterego e por fim com um ID conturbado e exacerbado por questões difusas.
Pois minha escrita nada mais revela do que a constante batalha contra a perda de uma identidade não amadurecida.
Uma dor sem aparências e sem explicação. Na realidade, um excesso de 'bílis negro' que influenciado por Saturno atinge meu baço gerando um estado melancólico que para modernos e filósofos é doença, mas para romanticos e byronistas é iluminação.
Ai de mim que vivo num limiar entre eu e eu mesmo....

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