Há três tipos de palavras, sejam elas escritas ou faladas:
- As da mente,
- As da alma,
- As do coração.
As primeiras são meticulosamente organizadas em suas gramáticas. Em suas perfeitas coesões elas nos levam a um entendimento rápido, porém vago.
As segundas são complexas, filosóficas. Não possuem a gramática correta, mas possuem a sinceridade. Expressam não só o que elá lá, dizem acima de tudo o que está cá.
As últimas não conhecem ortografia, sintaxe. Não se preocupam com as regras de acentuação, pontuação. A semântica é metafórica, a coesão é simplificada em sentimentos. Mas seriam os sentimentos coesos?
Bem, são sinceros. Assim como as palavras do coração.
Não mentem como as primeiras, não filosofam como as segundas. Apenas são o que são. Apenas dizem o que querem dizer.
As palavras do coração muitas vezes são acompanhadas de lágrimas.
Destes cristais solúveis que aparecem quando a palavra é lançada do coração ao vento.
Ao vento que tanto pode dissolvê-las como entregá-las a quem se deseja fazer escutar.
Mas continuam sendo sinceras.
As palavras do coração são complexas de tão simples.
Porque quando o coração diz você não precisa - nem deve - pensar e filosofar sobre elas. Apenas sentir... Apenas viver cada uma delas.
Este é o segredo do coração.
Ele não se perde nas contradições do pensamento nem na lógica de Platão.
O sentimento é.
O coração é.
E por ser, deve ser como tal, vivido... Em suas máximas.
Quem fala apenas pela mente pode enganar.
Quem fala apenas pela alma pode ludibriar.
Mas quem fala com o coração pode viver, pode amar...
Lucas A. L. Paula
Nenhum comentário:
Postar um comentário